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FRANCISCO LARIOS
Treinado como economista, é consultor de economia internacional e catedrático, atualmente Professor Adjunto na Nova Southeastern University em Davie, Florida.
Livros publicadoa: Cada Sol Repetido; Sobre la Vida Breve de Cualquier Paraíso.
TEXTO EN ESPAÑOL - TEXTO EM PORTUGUÊS
IX FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESÍA DE GRANADA, Nicaragua 2013. Memoria Poética. 121 Poetas / 56 países. Managua, Nicaragua: Fundación Festival Internacional de la Poesía de Granada, 2014. 220 p. ISBN 978-99964-896-2-4
Na capa: reprodução do cartaz do evento. Inclui poemas dos convidados e uma foto coletiva. Inclui os poemas brasileiros: Thiago de Mello e Floriano Martins.
Ex. bibl. Antonio Miranda
Ophélia Queiroz en mi esperanza
yo no tengo cómplices;
delaciones honradas me persiguen;
sin perder la paciencia, aplausos corteses
intercambian miradas,
espaldas se encogen fácilmente al despedirme,
referencias vagas me esquivan en las
conversaciones.
Tal vez Ophélia Queiroz.
Ella pálida espera aún
desde su foto
vestida sin saberlo para un documental
inédita, incipiente, la niña
sin cómplices tampoco.
Me imagino que supo de tormentas
revolvendo dulzuras
hasta el culminatorio éxtasis
de un grito.
Tal vez.
Tal vez Ophelia Queiroz me salve de mí mismo.
Tal vez sea ella mi cómplice, dispuesta por el viento
que pasa hoy, y pasó ayer, y pasó siempre,
y solo supo sy sabe de pasar,
con mano leve y un temblor de anciano,
sobre esta espera larga y llana y lóbrega
del ábol en la aridez.
Tal vez sea Ophelia Queiroz
mi fotografia. Tal vez de tanto ella, tanto mío,
en simultáneo instante cien años después
mi voz buscando una salida encuentre
su garganta
disecada en escabrosa soledad
por el poeta.
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
Ophélia Queiroz na minha esperança
eu não tenho cúmplices;
delações honradas me perseguem;
sem perder a paciência, aplausos corteses
intercambiam miradas,
dorsos se encolhem facilmente ao despedir-me,
referências vagas me esquivam nas
conversações.
Talvez Ophélia Queiroz.
Ela pálida espera ainda
desde sua foto
vestida sem sabê-lo para um documentário
inédita, incipiente, a menina
sem cúmplices tampouco.
Me imagino que soube de tormentas
revolvendo doçuras
até o culminante êxtase
de um grito.
Talvez seja ela minha cúmplice, disposta pelo vento
que passa hoje, e passou ontem, e passou sempre,
e apenas soube e sabe passar,
com mão leve e um tremor de ancião,
sobre esta espera longa e plana e lóbrega
da árvore na aridez.
Talvez seja Ophelia Queiroz
minha fotografia. Talvez de tanto ela, tanto meu,
em simultâneo instante cem anos depois
minha voz buscando uma saída encontre
sua garganta
dissecada em escabrosa soledade
pelo poeta.
Talvez.
Talvez Ophelia Queiroz me salve de mim mesmo.
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Página publicada em abril de 2021
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